A Igreja Católica deu uma mostra de mais influência na Bolívia ao conseguir que o governo desista de seu propósito de eliminar o ensino religioso nas escolas públicas, informou no domingo a agência estatal ABI.

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O presidente Evo Morales, que desde que assumiu em janeiro tem feito uma série de reformas políticas, sociais e econômicas, comprometeu-se também a ampliar o número de professores de religião e garantir o funcionamento de todas as escolas católicas.

- Não há motivos para um enfrentamento ou distanciamento das relações entre Igreja e Estado - disse, de acordo com a ABI, o vice-presidente da Conferência Episcopal, monsenhor Edmundo Abastoflor, ao anunciar seu entendimento com o governo.

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Abastoflor fez as declarações no sábado depois de uma delegação de bispos ter se reunido com Morales para debater a polêmica, surgida com o plano do Ministério da Educação de substituir as aulas de religião pelo ensino de ética.

O acordo fechado no sábado, que desautorizou o ministro Félix Patzi, da Educação, deixou satisfeitos os bispos, em um país onde em pelo menos 85% dos habitantes se declaram católicos.