O presidente da Bolívia, Evo Morales, destacou neste domingo (22), no início de seu sétimo ano no poder, os feitos do seu governo durante o período 2011-2012, apesar dos conflitos sociais e das críticas que tem recebido.
"Estou aqui, não para cuidar da minha imagem, mas para servir ao povo boliviano", afirmou o chefe de Estado, que iniciou o terceiro ano de seu segundo mandato.
Com uma popularidade de 35%, segundo consulta privada divulgada em dezembro, a metade da que tinha um ano antes, Morales disse que seu objetivo é servir a todos os setores da sociedade, apesar das críticas que recebeu por estar confrontado com sindicatos indígenas e movimentos civis regionais.
"A dois anos a refundação do Estado Plurinacional, venho aqui para prestar a minha homenagem a este processo de transformação profunda na Bolívia", afirmou Morales, ao informar durante três horas o Congresso sobre todas as atividades realizadas nos campos político, econômico e social.
A situação avalia que a Bolívia, fundada oficialmente em 1825, foi "refundada" em 22 de janeiro de 2010, quando Morales começou seu segundo mandato, que termina em 2015. Nesta data, entrou em vigor a nova Constituição, que Morales impôs com firmeza.
A nova Carta Magna mudou a condição do país de "República" para "Estado Plurinacional", pois o governo diz que é seu fim reivindicar as demandas das 36 nacionalidades indígenas existentes no país, mais da metade dos 10 milhões de habitantes, historicamente adiadas.
O presidente chegou ao poder em janeiro de 2006 e começou seu segundo mandato no mesmo mês de 2010 para um novo período de cinco anos.