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O presidente da Bolívia, Evo Morales, é o provável vencedor da eleição presidencial deste domingo. As últimas pesquisas de intenção de voto, divulgadas na semana passada, indicavam que Morales venceria a eleição com 41 pontos porcentuais de vantagem para o segundo colocado, o empresário bilionário Samuel Dória Medina, do setor de cimento, evitando a necessidade de um segundo turno.

A expectativa dos observadores políticos é de que o Movimento Rumo ao Socialismo, de Morales, eleja também todos os governadores, além de manter maioria superior a dois terços na Câmara, de 130 deputados, e no Senado, de 36 cadeiras.

Morales votou pela manhã em seu estado natal de Cochabamba, onde começou sua carreira política como líder sindical dos plantadores de coca. Ao se eleger em 2005, ele se tornou o primeiro presidente boliviano de origem indígena; os aimaras e quíchuas são maioria da população, mas a elite política e econômica tradicionalmente era formada por descendentes dos colonizadores espanhóis.

Caso sua vitória se confirme, Morales, de 54 anos, fará seu terceiro mandato. A Constituição aprovada em 2009 permite apenas dois mandatos consecutivos de cinco anos, mas o Supremo Tribunal boliviano decidiu no ano passado que o primeiro mandato de Morales não entra nessa contagem, porque aconteceu antes da mudança constitucional.

Com o aumento dos preços de commodities como soja, ouro e prata e o aumento das exportações de gás natural, o PIB da Bolívia cresceu 5% ao ano nos últimos anos. A política de distribuição de renda implementada por Morales permitiu que o número de bolivianos vivendo abaixo da linha de pobreza se reduzisse de 60% para cerca de 45% (para efeito de comparação, políticas semelhantes adotadas no Brasil fizeram o número de pessoas com renda abaixo da linha de pobreza cair de 31% em 2005 para 21% no ano passado). Em 2009, Morales foi reeleito com 64% dos votos.

"Votei duas vezes em Evo e vou continuar a apoiá-lo. Ele é humilde, vem de uma família pobre. Ele representa todos os bolivianos", disse Nely Catari, que vende frangos em um mercado em El Alto, uma cidade preponderantemente indígena perto de La Paz.

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