Evo Morales fala com a imprensa na Áustria| Foto: Reuters/Heinz-Peter Bader

O presidente da Bolívia, Evo Morales, definiu nesta quarta-feira (3) como uma "agressão à América Latina" e "um sequestro" a retenção de seu avião presidencial em Viena durante 13 horas devido às suspeitas de que Edward Snowden estaria a bordo da aeronave.

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"Isto é um pretexto para me amedrontar, para me intimidar. Um pretexto para tentar nos silenciar na luta contra as políticas econômicas de dominação", declarou Morales.

O líder boliviano lamentou que vários países Europeu -Itália, França, Portugal e Espanha- tenham impedido que seu avião sobrevoasse seus territórios, algo que qualificou como um "erro histórico".

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"Só quero dizer a alguns países europeus que se libertem do império americano, já não estamos no tempo das colônias", criticou.

"Isto não é uma provocação a Evo Morales, mas à Bolívia e a toda América Latina. É uma agressão à América Latina feita por alguns países europeus", afirmou.

O líder boliviano afirmou que ao voltar a La Paz serão analisadas medidas a serem tomadas em função da situação criada.

"Juridicamente estudaremos que ações podemos tomar para que exista mais respeito", explicou. Morales disse ainda que os países que impediram seu voo deverão dar explicações à opinião pública.

"Nenhum país explicou nada, tudo o que diziam era que era por razões técnicas", criticou.

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"Lamento muito que a Espanha tenha controlado o avião. Não sou nenhum delinquente para que me controlem o avião", disse Morales sobre as sugestões feitas pelo embaixador espanhol em Viena, Alberto Carnero, que pediu para entrar na aeronave.