O presidente da Bolívia, Evo Morales, é o favorito na eleição presidencial deste final de semana e deve obter o segundo mandato, mostrou uma pesquisa de opinião na segunda-feira.
Morales deve obter 55 por cento dos votos, de acordo com a pesquisa da Ipsos Apoyo feita a pedido do jornal La Razon. Em segundo lugar está o capitão da reserva do exército Manfred Reyes, com 18 por cento das intenções de voto, seguido pelo magnata conservador Samuel Doria Medina, com 10 por cento.
Morales, o primeiro líder indígena da Bolívia, nacionalizou empresas de telecomunicações, mineração e energia no primeiro governo e prometeu aumentar o papel do Estado na economia se obtiver a reeleição no domingo.
Desfrutando de forte apoio da população indígena, que é maioria na Bolívia, Morales obteve vitórias esmagadoras num referendo revogatório em agosto do ano passado e num referendo de janeiro que mudou a Constituição a fim de permitir que ele concorresse à reeleição.
Assim como os presidentes Hugo Chávez da Venezuela e Rafael Correa do Equador, Morales pressionou por reformas constitucionais para estender o limite de seu mandato. Partidários do presidente conservador da Colômbia, Álvaro Uribe, também buscam reformar a Constituição para permitir um terceiro mandato, embora Uribe não tenha deixado claro se concorreria de novo.
Índio aymara que cuidou de lhamas quando criança, Evo Morales prometeu manter a distribuição de receitas estatais aos pobres por meio de subsídios e investir fortemente em estradas, hidroelétricas, hospitais e escolas.
O instituto de pesquisas disse que o apoio a Morales cresceu 3 pontos percentuais em novembro, enquanto a popularidade de Reyes Villa caiu 3 pontos.
Todas as pesquisas recentes mostram uma clara liderança de Morales, que precisa de mais de 50 por cento dos votos para evitar o segundo turno, ou 40 por cento dos votos com uma liderança de 10 pontos sobre o segundo colocado.
A Ipsos Apoyo entrevistou 2.980 eleitores registrados em nove regiões do país entre 14 e 22 de novembro. A pesquisa tem margem de erro de 1,8 ponto percentual, de acordo com o La Razon.