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Rebelião militar

Evo Morales reforça tentativa de “autogolpe” na Bolívia em prol de Arce

Eleições na Bolívia
O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales (Foto: AFP)

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O ex-presidente da Bolívia Evo Morales afirmou neste sábado (29) que a rebelião militar para tomar o palácio presidencial foi um “autogolpe” para beneficiar a imagem do atual chefe do Executivo, Luis Arce.

"Lucho nos enganou, mentiu para nós, mentiu para os bolivianos e para o mundo inteiro. Se foi um golpe ou um autogolpe, há debate, [mas] estou mais convencido de que foi um autogolpe para melhorar a imagem dele ou deixar a Presidência para a junta militar", afirmou Evo, ao jornal local La Razón, referindo-se a Arce por seu apelido.

As declarações de Morales condizem com o do general Juan Zúñiga, acusado de liderar o golpe e que foi transferido para o presídio de segurança máxima neste sábado (29). Ao ser preso na noite de quarta-feira (26), Zúñiga disse que a tentativa de golpe foi idealizada por Arce. A ideia do presidente, segundo o general, era aumentar sua popularidade em meio ao caos.

O ex-presidente e líder do Movimento ao Socialismo (MAS) também comparou a situação econômica atual com a de seu governo. Segundo ele, a insurgência foi para disfarçar o que considera uma má gestão de Arce à frente do país. Desde então, afirmou, não se fala da falta de combustível e dólares na Bolívia.

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