Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York e ex-advogado de Trump, durante comício do republicano em Uniondale em setembro| Foto: EFE/EPA/SARAH YENESEL
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Um juiz federal dos Estados Unidos determinou nesta terça-feira (22) que o ex-prefeito de Nova York (1994-2001) e ex-advogado do ex-presidente Donald Trump (2017-2021) Rudolph Giuliani deve entregar bens raros e de luxo e seu apartamento de cobertura em Manhattan a duas funcionárias eleitorais do estado da Geórgia para indenizá-las por declarações consideradas difamatórias contra elas após as eleições presidenciais de 2020.

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Segundo informações da emissora CNN, o juiz Lewis Liman, do tribunal federal de Manhattan, ordenou que Giuliani deve entregar esses bens em sete dias, para uma administração judicial que Ruby Freeman e Shaye Moss, as funcionárias eleitorais que o processaram, controlarão.

Em um julgamento cível em Washington, ambas alegaram que foram vítimas de ameaças e perderam oportunidades de trabalho devido a declarações de Giuliani de que teriam participado de um esquema de fraude eleitoral no pleito em que Trump foi derrotado por Joe Biden.

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O júri determinou em dezembro do ano passado que Giuliani deve pagar cerca de US$ 148 milhões em compensações a Freeman e Moss. Elas também terão direito a cerca de US$ 2 milhões em honorários advocatícios que o ex-prefeito diz que a campanha de Trump ainda deve a ele. Dias após o julgamento, Giuliani declarou falência.

Entre os bens a serem entregues pelo ex-prefeito, estão uma coleção de relógios; uma camisa autografada pelo ídolo do beisebol Joe DiMaggio e outros itens esportivos raros; uma Mercedes 1980 que pertenceu à atriz Lauren Bacall; uma televisão, móveis e joias.

De acordo com a CNN, o juiz ainda não decidiu se Giuliani poderá ficar com um condomínio que possui em Palm Beach, na Flórida, o que será discutido numa audiência na próxima segunda-feira (28), e quatro anéis da World Series (final da liga americana de beisebol) do New York Yankees que o filho do ex-prefeito alega que o pai lhe deu.

Após o julgamento em dezembro, Giulani disse que não teve “nada a ver com os comentários” agressivos que as funcionárias eleitorais receberam. Ele afirmou que as ameaças contra Moss e Freeman relatadas no julgamento foram “abomináveis, são deploráveis”, mas que ele é alvo de “comentários como esses todos os dias”.

Este ano, Giuliani teve seu registro de advogado cassado em Washington e Nova York devido a acusações de que teria mentido e participado de ações de Trump para tentar reverter o resultado da eleição presidencial de 2020.

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