Lewis "Scooter'' Libby, ex-assessor do vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, foi declarado culpado em quatro acusações - incluindo mentira, perjúrio e obstrução da Justiça - em uma investigação relacionada à guerra do Iraque: o vazamento da identidade da analista da CIA, Valerie Plame, em 2003.
Apesar de ninguém ter sido diretamente responsabilizado pelo vazamento - visto como uma punição depois que o marido de Valerie, o ex-embaixador Joseph Wilson, criticou a política de Bush e Cheney para o Iraque -, Libby foi considerado culpado da mais séria das acusações: obstruir a investigação. O júri, composto por sete mulheres e quatro homens, determinou que ele mentiu ao FBI e cometeu perjúrio em testemunho perante um grande júri.
- Já era tempo de alguém na administração Bush ser responsabilizado pela campanha de manipulação da inteligência e de desacreditar críticos da guerra - disse o líder democrata no Senado, Harry Reid, após o veredicto ter sido anunciado.
Libby foi considerado inocente apenas na acusação de mentir ao FBI sobre o vazamento do nome da analista. Ele pode ser sentenciado em até 25 anos de prisão.
Críticos do presidente dos EUA, George W. Bush, tomaram o julgamento de Libby como uma forma de mostrar como a administração constrói e defende seu caso por uma guerra que se tornou pouco popular entre a população americana.
A defesa de Libby acha que ele foi usado como bode expiatório. O advogado Theodore Wells disse que seu cliente buscaria um novo julgamento e, se este fosse negado, que apelaria contra a sentença.
- Acreditamos, como dissemos à época do indiciamento, que ele é totalmente inocente e que ele não fez nada de errado - disse Wells a repórteres. - E nós temos a intenção de continuar lutando por sua inocência.
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