Com a nomeação do ex-candidato à vice-presidência pela coalizão de centro-direita Juntos pela Mudança, Luis Petri, como ministro da Defesa, o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, completou o projeto do próximo governo do país.
O futuro ministro de Milei, que pertence à União Cívica Radical (UCR), apoiou Bullrich no primeiro turno, quando ela era candidata à presidência da República. Após a derrota da então candidata, ela foi escolhida para chefiar a pasta de Segurança no novo governo.
"Dessa forma, a chapa completa do Juntos pela Mudança foi integrada ao governo de A Liberdade Avança", afirmou um comunicado do gabinete de Milei na rede social X ( antigo Twitter).
Petri agradeceu a Milei nas redes sociais por ter lhe dado "a oportunidade e a confiança" para ser o próximo ministro da Defesa. "A partir de hoje, começamos a trabalhar em uma mudança que nos permite restaurar o valor do papel de nossas Forças Armadas. Orgulho de nosso país. Vamos honrar sua finalidade essencial, que garante a soberania e a independência da Nação, sua integridade territorial; que protege a vida, a liberdade e contribui para o desenvolvimento da Pátria", escreveu o advogado, que foi deputado por sua terra natal, Mendoza, entre 2013 e 2021.
Além de Bullrich e Petri, o governo de Milei contará com Diana Mondino (Relações Exteriores), Guillermo Francos (Interior), Sandra Pettovello (Capital Humano), Luis Caputo (Economia), Mariano Cúneo (Justiça) e Infraestrutura (Guillermo Ferraro), com Nicolás Posse como chefe de gabinete.
Macri e Bullrich promoveram o "acordo Acassuso" - em homenagem à localidade onde vive o ex-presidente - com Milei, depois que a chapa formada pelo ex-ministro da Segurança e Petri foi deixada de fora da corrida eleitoral, para apoiar o então candidato libertário no segundo turno contra o governista Sergio Massa (peronista).
O apoio de Macri e Bullrich a Milei foi definido como "incondicional" e "desinteressado", mas desde que Milei venceu as eleições, o partido de centro-direita vem negociando com o vencedor das eleições cargos no novo governo.
Bullrich concordou em ser a ministra da segurança de Milei e anunciou que convocará eleições internas no início de 2024 para as autoridades da Proposta Republicana (Pro), partido fundado por Macri, que ela lidera e que faz parte da coalizão Juntos pela Mudança, junto com a UCR e a Coalização Cívica.
O fato de Bullrich ter concordado em ser ministra da Segurança de Milei gerou tensões com Macri, que via sua ex-ministra como parte da negociação com o presidente eleito para incorporar figuras relevantes no Congresso. (Com Agência EFE)
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