O ex-chefe das Forças Armadas turcas Ilker Basbug passou sua primeira noite atrás das grades nesta sexta-feira, após ser acusado de tentar derrubar o governo, em uma medida sem precedentes que deve aumentar as tensões com os militares.
Basbug, que se aposentou em 2010, é a autoridade mais importante a ser presa no caso conhecido como Ergenekon, uma ação contra a instituição militar que já foi muito poderosa na Turquia.
O ex-general foi conduzido ao tribunal de Istambul na manhã desta sexta-feira para realizar um exame médico antes de ser levado por um comboio da polícia até a prisão de Silivri, a cerca de 80 quilômetros da cidade, onde centenas de acusados no caso Ergenekon estão sendo julgados em uma sala de tribunal construída especialmente para o processo.
"O 26o chefe do Estado-Maior da República da Turquia foi detido por formar e dirigir um grupo terrorista. Cabe à grande nação da Turquia fazer o julgamento", disse Basburg ao ser conduzido à sala de audiência.
A decisão para prender Basburg foi tomada horas depois que jornalistas influentes da Turquia, que estão sendo julgados por supostas ligações com a rede ultranacionalista Ergenekon, disseram que as acusações feitas contra eles eram "um massacre da justiça".
Promotores acusam a Ergenekon de estar por trás de diversas conspirações contra o governo do partido AK, do primeiro-ministro Tayyip Erdogan. Centenas de suspeitos, como autoridades militares aposentadas, acadêmicos, advogados e jornalistas, foram detidos em casos relacionados à rede.
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