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Venezuela

Ex-chefes de Estado publicam carta denunciando ações de Maduro a asilados

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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, durante cerimônia de condecoração de 21 venezuelanos alvos de sanções dos Estados Unidos em Caracas (Foto: EFE/Imprensa do Palácio de Miraflores)

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Ex-chefes de Estado e de governo da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea) divulgaram uma carta neste sábado (21) denunciando as ações da ditadura venezuelana de Nicolás Maduro contra asilados políticos na embaixada argentina em Caracas. No comunicado, eles denunciam a invasão armada à embaixada e expressam preocupação e indignação contra o "terrorismo de Estado" no país.

A embaixada argentina na capital da Venezuela abriga cinco opositores políticos contrários ao atual governo. O local está sob custódia do Brasil desde que a ditadura de Maduro rompeu relações diplomáticas com a Argentina e expulsou seus diplomatas.

A carta menciona que a tentativa de invasão da embaixada violaria "a Convenção de Viena sobre relações diplomáticas" e entendem como objetivo "pressionar os asilados com falta de suprimentos e isolamento". Os asilados apoiam María Corina Machado, líder da oposição do governo ditatorial.

Eles vem denunciando há mais de um mês um cerco agressivo na sede diplomática, que inclusive, conta com a presença de atiradores de elite a mando de Maduro.

Os membros do Idea culpam ainda o governo chavista pela morte de Oswuald Alexander González Pérez, Jesús Rafael Álvarez e Jesús Martínez Medina, três presos políticos. As causas das mortes incluem tortura e falta de negligência médica em prisões venezuelanas.

Há dois dias, Fernando Martínez Mottola, que também estava na embaixada argentina, deixou voluntariamente o local para se entregar às autoridades. Ele estava asilado desde março, quando foi acusado de traição e conspiração junto com os outros cinco opositores.

A carta foi assinada por 27 ex-chefes de Estado e de governo, mais alinhados ao liberalismo e conservadorismo. Entre os mais conhecidos estão o argentino Mauricio Macri e o equatoriano Guillermo Lasso.

Dentre as instituições solicitadas, o grupo pediu uma ação incisiva da Organização dos Estados Americanos (OEA), da União Europeia (UE) e do Tribunal Penal Internacional (TPI).

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