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Um ex-colega de escola de Thomas Matthew Crooks, identificado pelas autoridades como autor do atentado contra Trump, afirmou em entrevista à Fox News nesta terça-feira (17) que o atirador de 20 anos já zombou dele por seu apoio ao ex-presidente republicano.
"Ele [Crooks] tinha um desdém geral pelos políticos tradicionais do outro lado do espectro político", disse Vincent Taormina.
De acordo com o entrevistado, em uma conversa com Crooks, ele havia mencionado que era hispânico e apoiador de Donald Trump, ocasião na qual o autor do atentado afirmou: "bem, você é hispânico, então não deveria odiar Trump?".
Vincent Taormina então teria respondido negativamente ao questionamento, afirmando que o ex-presidente faria um ótimo trabalho na Casa Branca. "Ele me chamou de estúpido ou insinuou que eu era estúpido depois da resposta".
O diálogo teria acontecido durante uma discussão em uma aula de inglês na Bethel Park High School durante a campanha de 2016. Trump, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton e o senador Bernie Sanders ainda estavam na disputa presidencial.
"Ele simplesmente não gostava de políticos, especialmente com as escolhas que tínhamos", disse Taormina. "Ele não gostava dos nossos políticos".
Segundo o ex-colega, Crooks geralmente era quieto, exceto em certos assuntos pelos quais "ele parecia apaixonado", incluindo matemática e política. E nessas questões, ele podia ser "presunçoso e arrogante", disse o entrevistado.
"Ele falava, falava e agia como se soubesse de tudo, especialmente sobre política, e dizia isso num tom como se fosse 'eu sou melhor que você'", afirmou Taormina.
Ainda segundo o entrevistado pela Fox, o atirador tinha um pequeno grupo de amigos que alguns consideram "preocupante".
Uma investigação federal foi aberta logo após a tentativa de assassinato de Trump para identificar as razões e possível ajuda que Crooks recebeu naquele dia.
O FBI está fazendo análises em seu laptop, celular e rifle, além de entrevistas com centenas de testemunhas.