Em 2016, o governo colombiano e as Farc assinaram um acordo de paz para extinguir a antiga guerrilha| Foto: EFE/Ernesto Guzmán
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O colombiano Martin Leonel Perez Castro, conhecido como "Richard", ex-comandante da Frente 30 da guerrilha Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), declarou-se culpado nessa segunda-feira (14) em um tribunal de Nova York por conspirar para distribuir mais de 75 toneladas de cocaína para os Estados Unidos.

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Perez Castro, de 53 anos, extraditado em junho de 2022, pode ser condenado à prisão perpétua como pena máxima.

"O réu era um líder sênior das Farc que financiou a violência e o terrorismo do grupo por meio da produção e distribuição de toneladas de cocaína em escala global", disse o procurador federal Breon Peace em um comunicado.

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"Sua confissão de culpa é um poderoso lembrete para as organizações de tráfico de drogas em todo o mundo de que este escritório e nossos parceiros de aplicação da lei os levarão à justiça pelos danos e miséria que causaram nos Estados Unidos e em outros lugares", acrescentou.

De acordo com a acusação, sob a liderança de Pérez Castro, a Frente 30 das Farc teve amplo faturamento vendendo cocaína diretamente a traficantes ou extorquindo dinheiro de traficantes que atuavam em territórios onde a organização dominava as atividades criminosas.

Além disso, a acusação apontou que a Frente 30, baseada no sudoeste da Colômbia, exportou cocaína para a Europa e outras regiões, além de ter atacado grupos narcotraficantes rivais e forças do governo colombiano para proteger ou expandir o território das Farc, grupo guerrilheiro que os governo americano classificou como organização terrorista estrangeira em 1997.

Depois que o governo colombiano e as Farc assinaram um acordo de paz em 2016, a antiga guerrilha foi dissolvida. Após esse pacto, em 30 de novembro de 2021, os Estados Unidos revogaram a designação das Farc como grupo terrorista.

Pérez Castro foi capturado pela polícia colombiana em 2014 e, em 2019, a Justiça Especial para a Paz (JEP) lhe negou a garantia de não extradição que ele havia solicitado, considerando que cometeu crimes após deixar as Farc e, portanto, não estava coberto pelas vantagens concedidas aos ex-membros da guerrilha no âmbito do acordo assinado com o governo.

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Em 8 de agosto, outro narcotraficante colombiano, Dairo Antonio Úsuga, conhecido como "Otoniel", foi condenado em um tribunal federal americano a 45 anos de prisão após se declarar culpado, em janeiro, de liderar a organização criminosa Clã do Golfo e conspirar para contrabandear drogas para os Estados Unidos.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]