Steve Bannon foi acusado de lavagem de dinheiro, conspiração e conspiração para fraudar por participar de levantamento de recursos para a construção de um muro na fronteira com o México| Foto: EFE/EPA/PETER FOLEY
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Steve Bannon, estrategista político e ex-conselheiro do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, entregou-se nesta quinta-feira (8) ao escritório do procurador distrital de Manhattan.

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Bannon foi acusado de duas acusações de lavagem de dinheiro, três de conspiração e uma acusação de conspiração para fraudar.

Segundo a imprensa americana, as acusações apresentadas contra Bannon dizem respeito ao trabalho dele em “We Build The Wall” (“Nós construímos o muro”, em tradução livre), uma operação de levantamento de recursos para ajudar a cumprir a promessa de Trump de construir um muro ao longo da fronteira entre EUA e México.

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Antes de entrar na procuradoria distrital de Manhattan, Bannon descreveu a situação a jornalistas como “uma ironia”.

“No mesmo dia em que o prefeito desta cidade tem uma delegação na fronteira, eles estão perseguindo pessoas aqui por tentar detê-las na fronteira”, afirmou Bannon, de 68 anos.

Em fevereiro do ano passado, a Procuradoria de Nova Iorque iniciou uma investigação sobre o ex-conselheiro por supostamente fraudar doadores que contribuíram com a iniciativa do muro. Isso aconteceu um mês depois de Trump deixar a Casa Branca e, como um de seus últimos atos no governo, conceder perdão preventivo a Bannon de acusações de fraude federal.

Essa medida adotada por Trump se aplica a possíveis crimes federais, mas não a estaduais, de modo que Bannon ainda pode ser acusado em outras jurisdições neste caso.

Em julho, ele foi considerado culpado de desacato ao Congresso no caso da comissão legislativa que investiga a invasão ao Capitólio na reta final do mandato de Trump. Por isso, o ex-conselheiro pode ser condenado a até um ano de prisão e multado em até US$ 200 mil.

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