O ditador Vladimir Putin: leis para punir quem dissemina “informações falsas” sobre o Exército russo são usadas para perseguir oposicionistas, jornalistas e ativistas| Foto: EFE/EPA/VYACHESLAV PROKOFIEV/SPUTNIK/KREMLIN POOL
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O ex-deputado distrital russo Alexei Gorinov, que em 2022 já havia sido condenado a sete anos de prisão por criticar a guerra na Ucrânia, recebeu uma pena adicional de três anos de detenção por acusações de “justificação do terrorismo”.

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Segundo informações do jornal The Moscow Times, Gorinov, de 63 anos, foi a julgamento desta vez em um tribunal militar na cidade de Vladimir por acusações de que, no hospital da prisão, teria feito comentários em conversas com outros prisioneiros, nos quais teria “justificado” os ataques da Ucrânia à Ponte da Crimeia e ações de unidades militares ucranianas que a Rússia considera “terroristas”.

No julgamento, Gorinov negou as acusações e disse que as testemunhas o teriam incitado a fazer comentários sobre a guerra na Ucrânia enquanto gravavam as conversas sem avisá-lo.

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Em julho de 2022, Gorinov, que à época era deputado numa assembleia distrital de Moscou, já havia sido condenado a sete anos de prisão por acusações de espalhar “informações conscientemente falsas” sobre o Exército russo.

Durante uma sessão legislativa, Gorinov havia criticado a ideia de realizar uma competição de arte para crianças no seu distrito enquanto “crianças estão morrendo” na Ucrânia.