Desde a eleição presidencial, o regime venezuelano vem reprimindo violentamente protestos contra o resultado oficial e aumentando a perseguição a opositores| Foto: EFE/Ronald Peña R
Ouça este conteúdo

A família do ex-deputado oposicionista Williams Dávila, ex-governador do estado de Mérida e que havia sido sequestrado na semana passada pela ditadura da Venezuela, informou nesta quarta-feira (14) que ele está internado em estado grave.

CARREGANDO :)

No X, o filho do político, William Dávila Valeri, disse estar “chocado e profundamente preocupado”. “As piores previsões estão se cumprindo: meu pai Williams Dávila, de 73 anos, sequestrado na quinta-feira passada por defender os valores democráticos, foi internado ontem à noite num hospital em estado grave”, relatou.

“Isso só confirma o que temos alertado sobre a importância de cuidar dele. É inconcebível que, neste país, sejamos mantidos no escuro sem informações claras sobre a sua situação. Exijo respostas imediatas e responsabilizo o governo por esta violação dos direitos humanos. Não é possível que sigamos vivendo sob um regime que permita tais atrocidades”, acrescentou.

Publicidade

O filho afirmou à agência France-Presse que o ex-deputado foi internado com febre alta, desidratação profunda e infecção urinária severa que evoluiu para uma prostatite aguda com risco de septicemia. Ele está internado no Hospital de Clínicas Caracas sob custódia do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin).

A ONG Defiende Venezuela havia informado que Williams Dávila foi sequestrado pelas forças chavistas quando participava de um protesto contra a fraude eleitoral na Venezuela na Plaza Los Palos Grandes, em Caracas, e que seu paradeiro era desconhecido.

Desde a eleição presidencial, que o chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE) afirma ter sido vencida pelo ditador Nicolás Maduro, o regime venezuelano vem reprimindo violentamente protestos contra o resultado oficial, contestado dentro e fora do país, e aumentando a perseguição a opositores.

Os números mais recentes da ONG Foro Penal apontam que ocorreram quase 1,4 mil prisões. Ao menos 25 pessoas foram mortas.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
Publicidade