O ex-diretor da CIA (agência de inteligência dos Estados Unidos) John Brennan disse neste domingo (19) que considera adotar medidas legais para evitar que o presidente Donald Trump suspenda outras credenciais de segurança de funcionários e ex-funcionários da agência. Durante o programa da NBC "Meet the Press" deste domingo, Brennan contou que foi procurado por diversos advogados interessados em conversar sobre a possibilidade de uma possível ação legal.
Na semana assada, Trump revogou as credenciais de segurança do ex-diretor da CIA e ameaçou fazer o mesmo com outros funcionários, entre eles críticos do presidente e agentes relacionados às investigações sobre a Rússia.
Brennan afirmou que fará o possível para "tentar impedir abusos como este no futuro". "Se isso significa ir à Corte, é o que farei." O ex-diretor da CIA, que atuou durante o governo de Barack Obama, acrescentou que enquanto vai lutar em nome de seus ex-colegas da CIA, cabe ao Congresso deixar de lado a política e entrar em cena. "Esta é a hora em que seu país dependerá de vocês, não para fazer o que é melhor para o seu partido, mas o que é melhor para o país", disse.
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Trump retirou a credencial de segurança de Brennan na semana passada alegando que tinha de fazer "algo" sobre a investigação "manipulada" da interferência russa na eleição presidencial norte-americana de 2016. O presidente ameaçou fazer o mesmo com outros nove agentes, incluindo um oficial do Departamento de Justiça cuja esposa trabalhava para a empresa envolvida na produção de um dossiê sobre as relações de Trump com a Rússia.
O processo de aprovação de autorizações de segurança nos Estados Unidos foi estabelecido por uma ordem assinada em 1995 pelo ex-presidente Bill Clinton, assim como as regras de revogação e de apresentação de recursos. Outro ex-diretor da CIA que atuou na agência durante o governo de Barack Obama, Leon Panetta disse neste domingo que Trump deve seguir a ordem executiva, a menos que decida alterá-la ou cancelá-la. Durante o programa "Face the Nation", da emissora CBS, Panetta firmou que a decisão de Trump de revogar a autorização de Brennan levanta dúvidas se ele seguiu o devido procedimento.
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Mais de 75 ex-funcionários de inteligência do país criticaram a decisão de Trump de retirar as credenciais de Brennan, afirmando que têm o direito de expressar suas opiniões sem temer sanções.
Com informações da Associated Press.
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