O ex-embaixador dos Estados Unidos na Organização dos Estados Americanos (OEA) Roger Noriega disse que o presidente venezuelano Hugo Chávez não está reagindo bem ao tratamento contra o câncer, segundo publicou nesta sexta-feira o "El Nuevo Herald".
Segundo o jornal, que cita fontes que "ao longo dos anos forneceram informações bastante confiáveis", Noriega informou na quinta-feira que a saúde do presidente venezuelano é pior do que a divulgada.
"Estas fontes continuam informando que Chávez está em uma condição muito grave e que não está melhorando da forma como os médicos haviam previsto", disse Noriega em um fórum organizado pela Universidade de Miami.
"Isto significa que deveríamos começar a pensar, e deveríamos nos preparar, para um mundo sem Chávez", teria afirmado Noriega segundo o jornal.
No entanto, o governante retornou na quinta-feira de Havana para Caracas, onde anunciou que tinha concluído a quarta sessão de quimioterapia com resultados "muito bem-sucedidos".
"Podemos dizer, graças a estes resultados, que a fase de quimioterapia acabou, fechamos o ciclo e agora vamos nos dedicar à recuperação plena", disse ao chegar ao aeroporto de Maiquetía.
O presidente declarou que agora iniciará um tratamento de fisioterapia e um processo de "recuperação progressiva e plena", e pediu que os cidadãos não se deixem levar por boatos sobre sua doença.
Noriega, no entanto, afirmou que o governante está mentindo e que o regime determinou que a única maneira que Chávez tem de ganhar as eleições presidenciais do ano que vem é projetando uma imagem de recuperação.
"Acham que podem ganhar uma eleição se Hugo Chávez estiver relativamente ativo e demonstrar força", declarou Noriega, que inclusive indicou que o chefe de Estado mente quando diz ter se submetido a quatro sessões de quimioterapia.
"Esta última foi sua terceira sessão. Quando foi a Cuba para receber a segunda, os médicos decidiram não fazê-la porque concluíram que não faria bem a ele, devido à sua contagem de células vermelhas".
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião