O ex-espião russo Alexander Litvinenko, morto por envenenamento em Londres, era agente do famoso serviço secreto britânico MI6, revelou neste sábado o jornal "Daily Mail". Litvinenko estaria recebendo mais de R$ 7 mil (2.000 libras) por mês na época em que foi assassinado, em novembro do ano passado, segundo o diário.
A revelação, feita por fontes diplomáticas e da inteligência, é mais uma reviravolta no caso que, este ano, provocou atritos entre Londres e Moscou que remeteram o mundo ao período da Guerra Fria. A Justiça britânica pede à Rússia a extradição do também ex-espião russo Andrei Lugovoy, acusado de ser o autor do envenenamento.
No dia do envenenamento, Litvinenko encontrou-se com Lugovoy, que acusa a Grã-Bretanha de envolvimento no crime. Lugovoy afirma também que Litvinenko estava tentando convence-lo a fornecer informações ao serviço de inteligência britânico.
Litvinenko morava na Grã-Bretanha desde 2000, onde conseguiu asilo político, no ano seguinte, para ele, sua mulher Marina, de 44 anos, e a filha Anatoly, de 12. Depois de uma longa investigação da Scotland Yard sobre sua morte, a Promotoria britânica declarou que não havia provas suficientes contra Lugovoy.
O acusado voltou a Moscou logo depois do assassinato. A Grã-Bretanha quer julgá-lo em seu território, mas a Rússia se nega a extraditá-lo. O imbróglio diplomático detonado pelo caso levou Londres a expulsar quatro diplomatas russos em julho. Dias depois, Moscou respondeu na mesma moeda, expulsando quatro diplomatas britânicos.
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