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Investigação

Ex-funcionário da CIA acusado de espionagem pede asilo ao Equador

Telão em shopping center honconguês dá a notícia de que Edward Snowden deixou Hong Kong rumo a Moscou, na Rússia | Bobby Yip/Reuters
Telão em shopping center honconguês dá a notícia de que Edward Snowden deixou Hong Kong rumo a Moscou, na Rússia (Foto: Bobby Yip/Reuters)
Brasão na embaixada do Equador, em Moscou |

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Brasão na embaixada do Equador, em Moscou

Jornalistas esperam Snowden no aeroporto de Moscou |

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Jornalistas esperam Snowden no aeroporto de Moscou

Segurança caminha na área de partidas em Hong Kong |

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Segurança caminha na área de partidas em Hong Kong

O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, informou ontem que o ex-consultor americano da CIA, Edward Snowden, acusado de espionagem por Washington, pediu asilo político a seu país.

"O governo do Equador recebeu a solicitação de asilo por parte de Edward Snowden", afirmou o chanceler em sua conta no Twitter, sem dar maiores detalhes.

Kristinn Hrafnsson, porta-voz do Wikileaks, confirmou o pedido de asilo.

Mais cedo, o grupo, que está dando suporte à Snowden, disse em comunicado que o ex-funcionário "está seguindo para uma nação democrática através de uma rota segura para efeitos de asilo e está sendo escoltado por diplomatas e assessores jurídicos do Wikileaks".

Na noite de sábado, Snowden saiu de Hong Kong e foi para a Rússia em um voo comercial. Segundo as últimas informações, ele aguarda na área internacional do aeroporto de Moscou para seguir viagem rumo a um terceiro país.

O embaixador equatoriano na Rússia, Patricio Zavala, esteve no aeroporto de Moscou no momento da chegada de Snowden, mas não revelou aos jornalistas se iria conversar com o ex-técnico da CIA.

O Equador concedeu asilo político a Julian Assange, fundador do site Wikileaks, que vive há cerca de um ano na embaixada do país em Londres.

Roubo

Autoridades norte-americanas acusaram Snowden com roubo de propriedade do governo dos EUA, comunicação não autorizada de informações de defesa nacional e de comunicação intencional de dados de inteligência confidenciais a uma pessoa não autorizada, com as duas últimas acusações relacionadas à Lei de Espionagem dos EUA.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos declarou no sábado que irá pedir a cooperação das autoridades judiciárias dos países para os quais o ex-consultor poderia se dirigir.

A porta-voz do Depar­tamento de Justiça americano, Nanda Chitre, informou que Snowden deixou Hong Kong "para um terceiro país", apesar do pedido de extradição apresentado pelos Estados Unidos, e que seu país buscará a "cooperação judicial com outros países para onde Snowden pode tentar buscar refúgio".

"Os documentos fornecidos pelo governo dos EUA não cumprem integralmente os requisitos legais sob a lei de Hong Kong. Não há base legal para impedir o senhor Snowden de sair do país", disse o governo de Hong Kong em nota. Ainda de acordo com o comunicado, Snowden deixou Hong Kong "por sua própria vontade, através de um canal legal e normal."

Medidas

O diretor da NSA, general Keith Alexander, anunciou ainda ontem a implantação de novas medidas de segurança para impedir o vazamento de informações. "Colocamos em prática medidas que possibilitarão vigiar nossos administradores de sistemas, o que fazem, de que se ocupam", declarou Alexander à ABC.

EUA cancelam passaporte de Snowden

Agência Estado

Edward Snowden, ex-fun­cionário terceirizado da Agência Nacional de Segurança dos EUA, teve seu passaporte cancelado, segundo uma autoridade do governo norte-americano. Snowden revelou a existência de programas secretos de vigilância mantidos pela administração do presidente Barack Obama.

Segundo o funcionário do governo, que pediu para não ser identificado, o passaporte foi cancelado antes de Snowden deixar Hong Kong com destino à Rússia. Ele disse, no entanto, que isso não é necessariamente um impedimento para que Snowden leve adiante seu plano. Ele deixou Hong Kong e chegou ontem a Moscou pouco depois de os EUA emitirem um pedido por sua extradição.

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