O general reformado do exército venezuelano Ángel Vivas se entrincheirou neste domingo armado em sua casa, um dia depois que o presidente do país, Nicolás Maduro, ordenou sua detenção por incitar a violência nos protestos contra o governo.
Veículos de imprensa locais mostraram imagens do ex-militar com uma metralhadora mas, depois da chegada de outros jornalistas, o militar teria segurado um megafone e falado em defesa de seu "direito à legítima defesa".
Vivas foi acusado pelo chefe de Estado de "treinar" a que cruzaram cabos nas barricadas levantadas em algumas ruas no marco dos protestos que acontecem há 11 dias, contra as quais se estrelaram alguns motoristas, um dos quais morreu degolado a noite da sexta-feira.
"Mandei deter o general reformado que convocou a colocar as guaias (cabos metálicos) e que treinou esses fascistas, Ángel Vivas, que o busquem e o tragam. Assassinos!", manifestou ontem Maduro em um discurso pela TV.
A ordem de detenção contra Vivas "carece de legitimidade (...), não tinha assinatura válida de um juiz", disse um vizinho do general que, com outros, viram se retirar os agentes que tentaram detê-lo em sua casa no leste de Caracas sem cumprir seu propósito, segundo constatou um fotógrafo da Agência Efe.
Vivas é um dos usuários ativos do Twitter que denunciam uma suposta infiltração de agentes cubanos nas Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela.
"Que a Venezuela e o mundo saibam, cubanos junto a bandidos venezuelanos atacam minha casa em Prados do Leste Rua Maracaibo Qta Blanquizal", postou hoje o militar na rede social.
Antes, e através da mesma rede social, o ex-general denunciou que as comunicações de sua casa haviam sido cortadas.
"A ditadura acaba de cortar a linha telefônica e a internet a minha casa, me deixaram incomunicável, estou usando internet móvel", denunciou pelo Twitter.
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