Manifestação na Tailândia em julho pela libertação de Aung San Suu Kyi| Foto: EFE/EPA/DIEGO AZUBEL
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Um tribunal militar de Mianmar condenou nesta segunda-feira (15) a líder deposta do país e vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, a mais seis anos de prisão, por dois casos de corrupção.

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De acordo com fontes ligadas ao caso, foram três anos de pena por ela ser declarada culpada de abuso de poder para alugar alguns terrenos abaixo do preço de mercado, e outros três por construir uma casa com doações que deveriam ser destinadas à obras de caridade na fundação que presidia, conforme veiculou o jornal Myanmar Now.

A pena de seis anos se soma a outros 11 de prisão a que Suu Kyi foi condenada em outros processos. A ganhadora do Nobel está encarcerada desde a manhã de 1º de fevereiro de 2021, quando o general Min Aung Hlain tomou o poder.

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Os advogados de Suu Kyi - que foram proibidos pela junta militar de falar com a imprensa - classificaram as acusações contra a cliente de “fabricadas”.

Suu Kyi tornou-se mundialmente conhecida ao passar 15 anos em prisão domiciliar por liderar uma luta não violenta pela democracia em Mianmar. Por isso, recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1991.

Entretanto, após vencer eleições e tornar-se líder do país, em 2016, teve sua imagem manchada por acusações de ter acobertado e até defendido violações de direitos humanos em Mianmar praticadas pelos militares – como a repressão à minoria muçulmana rohingya, classificada como genocídio pela ONU.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]