A ex-líder de Mianmar, Aung San Suu Kyi, foi condenada por um tribunal do país asiático, governado por uma junta militar, a cinco anos de prisão por corrupção nesta quarta-feira (27).
Segundo informações da agência Reuters, Suu Kyi, de 76 anos, foi acusada de ter aceitado propina de Phyo Min Thein, ex-ministro-chefe de Rangum, a maior cidade do país, paga em ouro e dinheiro.
A ex-líder, que foi destituída por um golpe militar no ano passado, já havia sido condenada a seis anos de prisão em outros casos e enfrenta outras dez acusações de corrupção. Ao todo, as penas podem somar mais de cem anos de prisão se ela for condenada em todos os processos.
Suu Kyi tornou-se mundialmente conhecida ao passar 15 anos em prisão domiciliar por liderar uma luta não violenta pela democracia em Mianmar. Por isso, recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1991.
Entretanto, após vencer eleições e tornar-se líder do país, em 2016, teve sua imagem manchada por acusações de ter acobertado e até defendido violações de direitos humanos em Mianmar praticadas pelos militares – como a repressão à minoria muçulmana rohingya, classificada como genocídio pela ONU.
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