Presidente chileno declarou que “estudantes que querem queimar ônibus ou usar meios violentos terão que responder perante a lei”| Foto: EFE/Alberto Valdés
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Dezenas de estudantes do ensino médio protestaram nesta sexta-feira (29) e ocuparam vários centros educacionais em Santiago, capital do Chile, para denunciar as más condições de infraestrutura e mobiliário nas salas de aula após a pandemia, além de exigir uma melhor educação pública.

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As mobilizações, que terminaram com um jovem detido, começaram na parte externa do emblemático Instituto Nacional, no centro, onde um grupo de adolescentes vestidos de trajes brancos se reuniu e gritou palavras de ordem pedindo uma educação de qualidade, enquanto tentava derrubar a cerca do recinto.

No total, são quatro escolas de ensino médio que estão ocupadas por seus alunos e duas que estão com seus alunos em greve, todas localizadas nos bairros de Santiago e Providencia, na capital.

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Diego Jaque, presidente do centro estudantil do Instituto Nacional, denunciou aos meios de comunicação locais a falta de manutenção na infraestrutura do estabelecimento e acrescentou que se reuniu com a prefeita de Santiago, Irací Hassler, para explicar suas demandas.

As manifestações, durante as quais foram lançados coquetéis molotov, começaram no início da semana; um ônibus foi incendiado em frente a uma escola na última terça-feira e um grande contingente policial reprimiu violentamente os adolescentes.

Durante a manhã, o ministro da Educação, Marco Antonio Ávila, anunciou o investimento de 10 bilhões de pesos (cerca de US$ 11,7 milhões) em infraestrutura escolar.

A porta-voz do governo, Camila Vallejo, assegurou que o presidente Gabriel Boric tomou posse no mês passado “com um déficit muito grande em termos de infraestrutura dos estabelecimentos de ensino” e anunciou uma revisão dos protocolos policiais para conter as marchas estudantis.

Estas são as primeiras manifestações estudantis do governo de Boric, ex-líder estudantil que assumiu a presidência há 50 dias e cuja reivindicação sempre foi melhorar o sistema educacional.

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O próprio Boric declarou: “Neste governo, os estudantes que querem dialogar terão as portas abertas. Os que querem queimar ônibus ou usar meios violentos terão que responder perante a lei”.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]