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Manuel Pinho

Ex-ministro de governo socialista é condenado por corrupção em Portugal

Manuel Pinho (centro da foto) foi ministro da Economia de Portugal entre 2005 e 2009 (Foto: EFE/MANUEL DE ALMEIDA)

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Um tribunal de Lisboa condenou, nesta quinta-feira (6), a dez anos de prisão o ex-ministro da Economia de Portugal Manuel Pinho e a seis anos de prisão o ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) Ricardo Salgado por um caso de corrupção e lavagem de dinheiro que afetou a companhia elétrica portuguesa EDP.

A juíza Ana Paula Rosa leu hoje a sentença no Tribunal Central Criminal da capital portuguesa.

Rosa considerou provado que Manuel Pinho é culpado de dois crimes de corrupção passiva, um de fraude fiscal e outro de lavagem de dinheiro, depois de ele e a esposa, Alexandra Pinho, terem recebido ilicitamente quase cinco milhões de euros e aceitarem um acordo para favorecer o BES.

O ex-ministro terá ainda de pagar ao Estado 4,9 milhões de euros (R$ 28 milhões) e cumprirá a pena em prisão domiciliar. Alexandra Pinho foi condenada a quatro anos e oito meses de pena por fraude fiscal.

Por sua vez, Salgado foi considerado culpado de dois crimes de corrupção ativa para a prática de um ato ilegal.

Manuel Pinho foi ministro da Economia durante o primeiro governo do socialista José Sócrates, entre 2005 e 2009.

O Ministério Público português investigou favores à EDP em contratos para a venda de energia elétrica, com os quais a empresa teria recebido benefícios milionários concedidos por Pinho.

Segundo a investigação, Salgado efetuou pagamentos a uma empresa offshore de Pinho, como compensação ao ex-ministro para beneficiar a EDP e o Grupo Espírito Santo, então acionista da companhia elétrica.

Também estão formalmente investigados no caso, entre outros, os ex-presidentes da EDP António Mexia e da sua subsidiária EDP Renováveis ​​João Manso Neto, a quem um juiz suspendeu de funções por crimes de corrupção e acabou por abandonar a administração do grupo.

Mexia e Manso Neto, cujo suposto envolvimento está sendo investigado em um processo diferente do de Salgado e Pinho, ainda não foram formalmente acusados. (Com EFE)

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