O ex-ministro do Interior da França, Claude Guéant, conhecido por ser um dos mais próximos colaboradores do ex-presidente, Nicolas Sarkozy, e o ex-diretor da polícia, Michel Gaudin, se livraram nesta terça-feira de indiciamento dentro da investigação aberta pelo pagamento de dinheiro não declarado.

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Os dois tinham sido convocados hoje pelo Escritório Central de Luta contra a Corrupção e as Infrações Financeiras e Fiscais, e detidos no início de seus respectivos interrogatórios.

Esses interrogatórios fazem parte da investigação preliminar aberta pela procuradoria de Paris em junho depois que um relatório de inspeção tivesse posto em evidência que membros do gabinete de Sarkozy quando era ministro do Interior entre 2002 e 2004 tinham recebido pagamentos ilegais em espécie.

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Guéant era então seu diretor de gabinete, antes de seguir-lhe ao Palácio do Eliseu como secretário-geral, e posteriormente como ministro do Interior.

Quando o esquema foi descoberto, Guéant justificou os pagamentos alegando que o dinheiro era utilizado em um sistema de "gratificações".

Guéant ofereceu nesta terça-feira "muitas respostas", que foram consideradas como "convincentes e satisfatórias", e não foi indiciado, disse à imprensa seu advogado, Bouchez el Ghozi.

O ex-diretor da polícia nacional, por sua parte, terminou seu interrogatório meia hora depois, também sem acusações, mas a investigação preliminar, iniciada por desvio de fundos e por cumplicidade, ainda não terminou, segundo a procuradoria de Paris.