Jerusalém O ex-ministro da Justiça de Israel, Haim Ramon, de 56 anos, foi condenado ontem por beijar à força uma mulher que era soldado do exército, em um caso polêmico no país.
Ele foi acusado de má conduta sexual contra a mulher de 21 anos durante uma festa no Ministério da Defesa, no primeiro dia da guerra de Israel contra o Hezbollah, em julho.
Ramon, que é divorciado, disse que a jovem flertou com ele e que o beijo foi consensual. "Há alguns limites que não podem ser ultrapassados", afirmou o juiz Hayuta Kochan, que leu em voz alta o veredicto do júri. "Não foi um beijo de afeto, há elementos de um crime sexual".
O ex-ministro pode passar até três anos na prisão, de acordo com a imprensa israelense. Ramon, que deixou a corte sem conversar com a imprensa, deve recorrer da decisão.
Em um comunicado, o escritório do premier Ehud Olmert lamentou a condenação de Ramon. Membro do partido Kadima, de Olmert, Ramon era um importante aliado político do premier e serviu no Ministério da Justiça até ser indiciado, em agosto de 2006.
O veredicto diz que a defesa de Ramon foi "plena de contradições" e afirma que é "óbvio" que o depoimento da jovem é "autêntico e confiável", e que ela sofreu uma experiência traumática.
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