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A ex-primeira-dama da Venezuela, Marisabel Rodríguez, afirmou que a reforma constitucional proposta pelo presidente Hugo Chávez "concentra o poder" nas mãos dele e pediu o voto no "Não" no referendo convocado para 2 de dezembro. A reforma de tendência socialista, que será submetida a referendo popular em 2 de dezembro, "definitivamente favorece ao Presidente, porque existe uma clara e evidente concentração de poder", disse em entrevista ao canal Globovisión.

Se for aprovada, a reforma da Constituição autorizaria a reeleição sem limite de vezes do presidente, aumentaria seus poderes e o mandato presidencial passaria para sete anos, entre outras mudanças. Estudantes e oposicionistas se manifestaram contra a reforma, nos últimos dias, o que provocou enfrentamentos com a polícia nas ruas de Caracas -e feriu dezenas de pessoas.

Divorciada do presidente e casada novamente com um treinador de tênis, Marisabel Rodríguez expressou seu apoio ao ex-ministro de Defesa, Raúl Baduel, que na semana passada também pediu à população que votasse contra este projeto.

A iniciativa de Chávez "coloca numa balança todo o peso para o poder presidencialista, e isso seria um dos mais graves erros desta reforma, que desequilibra totalmente os poderes", disse a ex-integrante da Constituinte que redigiu a Carta Magna de 1999 vigente.

"Não se pode exigir que o Estado agora seja socialista porque isso nos cercearia muitíssimas oportunidades na esfera democrática no momento de escolher o futuro", disse Marisabel, mãe da filha caçula do presidente. Na ocasião, ela fez questão de ressaltar que compartilha muitos princípios socialistas com seu ex-marido.

Marisabel demonstrou seu apoio ao general da reserva e ex-ministro da Defesa, Raúl Baduel, que na semana passada pediu o voto contrário à reforma. Ela defendeu o militar, dizendo que ele não é um "traidor", conforme acusa Chávez.

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