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Nos Estados Unidos há mais espiões estrangeiros atualmente que na época do máximo apogeu da Guerra Fria, declarou um ex-oficial da CIA em entrevista à emissora "CBS" que será divulgada neste domingo (13) e da qual foram antecipados alguns extratos.

Hank Crumpton, que trabalhou durante 24 anos para a Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) em diferentes postos desde agente secreto até subdiretor do Centro Antiterrorista, falou com o programa "60 Minutes" da "CBS" sobre sua vida nos serviços de inteligência e os perigos que espreitam os Estados Unidos.

Crumpton, que dirigiu uma rede interna secreta de contrainteligência dentro dos Estados Unidos, afirmou que países como a China estão realizando operações de inteligência "muito sofisticadas, operações muito agressivas contra os EUA.".

"Eu me atreveria a dizer que há mais oficiais de inteligência estrangeiros dentro dos Estados Unidos que trabalham contra os interesses do país agora que inclusive no apogeu da Guerra Fria. É um assunto crítico", disse em extratos da entrevista antecipados pela emissora.

Crumpton, que também foi subdiretor do Centro Antiterrorista da CIA e responsável por coordenar a resposta americana após os ataques de 11 de setembro de 2001, também expressou sua preocupação pelo papel da Al Qaeda na África do Norte, em particular de seu braço no Iêmen, pela ameaça que representam para outros países na região.

"Estou particularmente preocupado pela Al Qaeda no Iêmen, um país que se enfraqueceu como Estado-nação", afirmou Crumpton, que considerou que a região de Sael, afetada por uma crise humanitária, e a Somália são os lugares pelos quais estaria preocupado.

Por outro lado, Crumpton se mostrou pessimista sobre o futuro do Afeganistão. Na sua opinião, o Governo americano não deveria retirar as tropas rápido demais, porque ele teme que a Al Qaeda possa fazer uma reaparição no país.

O ex-funcionário definiu a situação no Afeganistão como uma tragédia na qual "há muitos erros no lado dos EUA e um Governo irresponsável e corrupto no lado afegão". "Estou realmente mais pessimista agora do que estive em muito tempo", acrescentou.

Os Estados Unidos e os aliados da Otan começaram com a retirada das tropas do Afeganistão em julho do ano passado com a intenção de acabar com as operações de combate e transferir a segurança do país às Forças Armadas afegãs no final de 2014.

A entrevista será exibida neste domingo às 19h da costa leste dos Estados Unidos (20h em Brasília).

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