Ouça este conteúdo
O ex-policial Eric Adams é o vencedor da eleição para prefeito de Nova York, segundo projeções da imprensa americana baseadas na apuração, que mostrava o candidato democrata com 66,9% dos votos quando 75% do total tinha sido contabilizado.
Adams, de 61 anos, era o grande favorito na disputa com o republicano Curtis Sliwa, que até essa parcial tinha 27,8% dos votos, o que, segundo vários veículos de comunicação, como o jornal The New York Times, torna impossível uma reversão do quadro.
Sliwa inclusive reconheceu sua derrota em um discurso em sua sede de campanha, no qual ele enfatizou que o resultado não significa que ele está desistindo ou se rendendo.
Com a confirmação das urnas, Adams, atual presidente do distrito do Brooklyn, tomará posse em janeiro e será apenas o segundo prefeito negro da história da metrópole - o primeiro foi David Dinkins, de 1990 a 1993.
O ex-policial, que representa a ala moderada de seu partido, era projetado como vencedor devido à maioria esmagadora de eleitores democratas na cidade - há mais de 3 milhões registrados, contra cerca de 500 mil republicanos.
Adams chegou à corrida presidencial depois de vencer as primárias democratas de junho, quando levou a melhor sobre a ala mais progressista do partido, que nos últimos anos vinha ganhando força em Nova York com políticos como os congressistas Alexandria Ocasio-Cortez e Jamaal Bowman.
O veterano político, senador estadual de 2006 a 2013 e presidente do distrito do Brooklyn desde 2014, tinha como plataforma de campanha o combate a problemas de segurança e procurava se identificar com o eleitor comum, insistindo em suas humildes origens.
Em 1º de janeiro, ele substituirá o também democrata Bill de Blasio, que está no cargo há oito anos.
Adams terá que lidar com as várias crises que assolam a maior cidade dos Estados Unidos: desde a de segurança à crise econômica, passando pela falta de moradia, ao aumento de pessoas que ficaram sem teto ou que poderiam ser despejadas já no próximo ano por falta de pagamento de aluguel ou hipoteca.
Miami reelege prefeito republicano de origem cubana
Milhares de eleitores de cidades do sul do estado da Flórida (EUA) foram às urnas na terça-feira (3) para eleger prefeitos e conselheiros municipais.
Em Miami, o republicano Francis Suarez, de 44 anos e origem cubana, foi reeleito como prefeito com 79% dos votos, de acordo com números preliminares divulgados pela rede de televisão Local 10.
Suarez, que além do primeiro mandato para o comando do município, conquistado em 2017, serviu outros dois como comissário e é filho de Xavier Suarez, ex-prefeito de Miami, conseguiu atrair muitas empresas de tecnologia para a cidade nos últimos anos. Seus críticos, porém, alegam que ele tem negligenciado necessidades de alguns moradores em sua busca para transformar a cidade em um centro de inovação.
"Não mudamos nossos serviços para as pessoas comuns da cidade", argumentou o próprio Suarez ontem, ressaltando que tenta "garantir o futuro dos jovens".
Já na vizinha Miami Beach, que também faz parte do condado Miami-Dade, o atual prefeito Dan Gelber foi reeleito, porém com 62% dos votos, ainda de acordo com a emissora Local 10.
Boston deve ter prefeita de origem asiática
A democrata Michelle Wu deve se tornar a primeira pessoa de origem asiática na prefeitura de Boston, capital de Massachusetts, segundo projeções de veículos de imprensa, incluindo a Associated Press e a CNN, na terça-feira.
Wu, filha de migrantes taiwaneses, derrotou a também democrata Annissa Essaibi-George, da ala mais moderada. É a primeira vez que a cidade não elege um prefeito homem e branco. Wu fez campanha com uma plataforma progressista que incluiu a defesa de um sistema de trânsito livre de pedágios.
Essaibi-George, que assim como Wu é vereadora, concedeu a derrota enquanto ainda faltava apurar uma grande quantidade de votos. "Quero dar os parabéns a Michelle Wu", disse Essaibi-George a apoiadores na noite da eleição. "Ela é a primeira mulher e a primeira asiático-americana eleita prefeita de Boston".