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Corrida presidencial americana

Ex-prefeito de NY, Michael Bloomberg cogita disputar a Casa Branca

Bloomberg planeja investir US$ 1 bilhão de sua fortuna pessoal na campanha. | Lucas Jackson/Arquivo
Bloomberg planeja investir US$ 1 bilhão de sua fortuna pessoal na campanha. (Foto: Lucas Jackson/Arquivo)

O empresário Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York (2002-2013), planeja aproveitar uma “potencial abertura” na disputa presidencial americana para concorrer à Casa Branca, segundo reportagem divulgada neste sábado (23) pelo jornal “The New York Times”.

De acordo com a publicação, Bloomberg teria instruído seus conselheiros a elaborar planos para uma campanha independente à corrida presidencial, aproveitando a liderança do magnata Donald Trump na disputa à candidatura republicana e também a atual indefinição do lado democrata, após o senador Bernie Sanders, de Vermont, ameaçar o favoritismo de Hillary Clinton.

No passado, o empresário já considerou concorrer à Casa Branca em uma terceira via, mas sempre chegava à conclusão de que não tinha chances de vencer. Mas a convergência de eventos improváveis nas eleições de 2016, no entanto, teria dado novo fôlego às aspirações presidenciais de Bloomberg, diz o “NYT”.

O jornal afirma que Bloomberg já adotou medidas concretas para uma possível campanha e indicou a amigos e aliados que poderia gastar no mínimo US$ 1 bilhão de sua fortuna nela. O prazo final para que ele tome a decisão, segundo pessoas ouvidas pelo jornal, seria início de março – quando os conselheiros acreditam que ele poderia entrar na corrida e ainda assim se qualificar como candidato independente na disputa nos 50 Estados americanos.

Bloomberg encomendou uma pesquisa em dezembro para saber como se sairia contra Trump e Hillary, e ele pretende conduzir outra rodada após a primária de New Hampshire, em 9 de fevereiro. A intenção é verificar se realmente haveria uma brecha para sua candidatura.

Os conselheiros do ex-prefeito de Nova York já teriam esboçado uma versão do plano de campanha de Bloomberg. Ele seria apresentado como um tecnocrata que resolve problemas e empresário que fez sua própria fortuna e entende a economia. Seria ressaltada também sua gestão bipartidária à frente da Prefeitura de Nova York.

De acordo com o jornal, se os republicanos escolherem Trump ou o senador Ted Cruz, do Texas -que são considerados conservadores-, e os democratas optassem por Sanders, Bloomberg poderia entrar na disputa. Caso Hillary vencesse a corrida democrata, afirma um aliado da ex-secretária de Estado americana, Bloomberg poderia optar por ficar de fora, por considerar que seria uma “missão suicida”.

Disputa em bolada

Pesquisa divulgada na última quinta-feira (21) mostra que Bernie Sanders abriu vantagem em relação a Hillary na disputa pela candidatura democrata à Casa Branca para a primeira prévia da campanha, que acontecerá no Estado de Iowa (centro-norte dos EUA) dia 1.º de fevereiro. O levantamento, da rede de TV CNN, traz Sanders com 51% da preferência, contra 43% de Hillary no Estado.

Já do lado republicano, a pesquisa confirmou o favoritismo do empresário Donald Trump, com 37% da preferências, seguido pelos senadores Ted Cruz (Texas), com 26%, e Marco Rubio (Flórida), com 14%.

Em escala nacional, Hillary Clinton continua na frente, mas Sanders tem diminuído a diferença. Em uma pesquisa New York Times-CBS News divulgada na semana passada, a ex-secretária de Estado apareceu com 48% da preferência, contra 41% do senador.

Sem a folgada vantagem que tinha até pouco tempo atrás, beirando os 30 pontos, Hillary intensificou as críticas a Sanders.

Autodeclarado social-democrata e comumente citado como socialista, o senador de 74 anos do estado de Vermont tem no foco de sua campanha o combate à desigualdade econômica e a promessa de punir os agentes do mercado financeiro por seus excessos.

“Não estou interessada em ideias que parecem boas no papel, mas nunca irão funcionar no mundo real”, disse Hillary num comício nesta quinta-feira em Iowa.

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