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Homens armados e encapuzados vinculados ao regime do ditador Nicolás Maduro na Venezuela prenderam nesta quinta-feira (2) Simón Vargas, ex-prefeito de San Antonio del Táchira, comuna da cidade de Bolívar, localizada na província de Táchira.
A prisão de Vargas foi efetuada enquanto ele estava na casa de sua sogra, que foi invadida. Testemunhas afirmam que os invasores não deram nenhuma explicação formal para a prisão do ex-prefeito, que é um opositor do regime chavista.
A denúncia sobre a prisão arbitrária de Vargas foi feita por César Pérez Vivas, opositor de Maduro e ex-governador de Táchira, que condenou o ocorrido por meio da rede social X.
“Recebo informações da liderança democrática de San Antonio del Táchira de que, nas horas da tarde de hoje [quinta-feira], homens armados tiraram de sua residência, nessa cidade fronteiriça, o ex-prefeito desse município, Simón Vargas. Quem o sequestrou? Senhores do Ministério Público, informem”, declarou Pérez Vivas, exigindo esclarecimentos das autoridades chavistas.
Segundo o portal venezuelano Efecto Cocuyo, horas após a prisão de Vargas, perfis de apoiadores do regime de Nicolás Maduro divulgaram nas redes sociais que ex-prefeito estaria sendo acusado de crimes como “terrorismo, promoção ou incitação ao ódio, associação criminosa e lesões pessoais”. Posteriormente, as acusações foram ampliadas com a adição do crime de “resistência à autoridade”.
Vargas é filiado ao partido opositor Un Nuevo Tiempo e fazia oposição ativa ao regime chavista em uma das regiões mais estratégicas da Venezuela, na fronteira com a Colômbia.
A prisão de Vargas não é um caso isolado. De acordo com o Cocuyo, outros prefeitos de oposição igualmente enfrentam a repressão chavista.