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Em 2015, o ex-prefeito Antonio Ledezma foi preso pela ditadura de Nicolás Maduro pela acusação de tentar um golpe no país
Em 2015, o ex-prefeito Antonio Ledezma foi preso pela ditadura de Nicolás Maduro pela acusação de tentar um golpe no país| Foto: EFE/Giorgio Viera

O ex-prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, que hoje é um dos principais assessores da líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado, disse nessa quinta-feira (10) que o assassinato do presidenciável de centro-direita do Equador Fernando Villavicencio "não deveria ser uma surpresa", dada a "impunidade com que os traficantes de drogas agem em muitos países".

Segundo ele, "as facções criminosas agem com total impunidade, não apenas para continuar com o negócio, mas também para usar os lucros da cocaína, maconha, fentanil ou heroína para se livrar daqueles que consideram seus adversários ou para apoiar políticos que são seus aliados", disse à Agência EFE.

O Conselho Político Internacional, criado pela opositora María Corina, e do qual Ledezma é coordenador, lançou um "alerta à comunidade internacional" devido a "novas ameaças e assédio por parte de membros do regime de Nicolás Maduro contra Machado".

A líder do partido Vente Venezuela é a favorita para disputar as eleições de 2024, por uma grande coligação opositora ao chavismo, de acordo com pesquisas sobre as intenções de voto para as primárias, que vão acontecer ainda neste ano, em 22 de outubro.

"Queremos advertir que a integridade física de María Corina Machado está em risco. Três ameaças graves em menos de uma semana se somam às múltiplas agressões que Machado vem sofrendo desde o início da campanha para as primárias", disse o Conselho Político Internacional em comunicado.

No último dia 7, ela denunciou o uso das Forças Armadas do país para uma "perseguição política" aos candidatos que viajam em busca de votos para o pleito interno.

Nessa quinta-feira (10), Machado continuou a campanha no estado de Zulia, onde, de acordo com Ledezma, o tráfico de drogas tem um de seus redutos na Venezuela.

"O assassinato de Fernando Villavicencio não deveria ser uma surpresa para nenhum órgão internacional, pois ele estava denunciando os cartéis [de drogas] e havia recebido ameaças", afirmou ele.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, respondeu ao alerta com uma mensagem no Twitter pedindo "garantias para a segurança de María Corina Machado e seu comando eleitoral".

"É absolutamente necessário que as ameaças e agressões cessem, o país precisa de eleições transparentes e sem bandidos", enfatizou Almagro. (Com informações da Agência EFE)

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