O Tribunal Penal Internacional para Ruanda (TPIR) condenou o ex-prefeito ruandês Gregoire Ndahimana a 15 anos de prisão por não impedir o massacre de duas mil pessoas que se refugiaram em uma igreja em abril de 1994.
Segundo informou nesta sexta-feira o site do TPIR, com sede na cidade tanzaniana de Arusha, Ndahimana foi declarado culpado nesta quinta-feira dos delitos de genocídio e crimes contra a humanidade.
O fato ocorreu entre os dias 15 e 16 de abril de 1994, quando a Polícia ordenou derrubar a Igreja Católica de Nyange, onde se refugiavam duas mil pessoas da etnia tutsi.
"A mera presença do acusado no local do crime teve um efeito estimulador sobre os autores principais (do massacre), especialmente porque o acusado tinha um posto de autoridade", afirma a sentença.
"Por conseguinte, Ndahimana ajudou e incitou o genocídio", ressalta o TPIR, ao detalhar que o ex-prefeito, detido em agosto de 2009, tinha "responsabilidade de comando sobre a Polícia".
A Promotoria havia acusado o ex-prefeito de planejar e ordenar o massacre, mas os juízes rejeitaram essas acusações com o argumento de que não existiam provas contundentes.
Ndahimana, nascido em 1952, é a terceira pessoa condenada pelo massacre da igreja de Nyange.
Cerca de 800 mil pessoas, segundo números da ONU, foram assassinadas no genocídio ruandês de 1994, a maioria da etnia tutsi.
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