O ex-primeiro-ministro francês Dominique de Villepin foi absolvido nesta quarta-feira em uma corte de apelação da acusação de tentar desacreditar o presidente Nicolas Sarkozy, do qual é inimigo político, na campanha em que ele foi eleito à Presidência, em 2007.

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A derrubada das acusações deixa Villepin livre para disputar a eleição de 2012, na qual Sarkozy tentará se reeleger. O episódio ficou conhecido como "caso Clearstream", por sua ligação com essa câmara de compensação de títulos, com sede em Luxemburgo.

"Saí desse teste até mais forte do que antes, e até mais determinado a servir meus compatriotas franceses", disse Villepin a repórteres diante do tribunal, após o veredicto.

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Villepin, que deixou o partido conservador UMP, de Sarkozy, e publicou seu próprio manifesto político de centro-direita, foi inocentado no ano passado, na primeira rodada do julgamento do caso Clearstream, mas teve de voltar à corte depois que promotores apelaram da sentença.

O caso Clearstream envolve uma lista forjada de nomes, divulgada ao público antes da eleição presidencial de 2007, a qual incluía Sarkozy como alvo de uma investigação de corrupção relacionada a contas secretas em bancos de Luxemburgo.

Villepin, primeiro-ministro de 2005 a 2007, quando Jacques Chirac era presidente, foi acusado de nada ter feito para deter a onda de rumores, mesmo sabendo que a lista era falsa.

Promotores disseram que ele havia sido "cúmplice por abstenção" no episódio, no qual se tentava acusar Sarkozy e outros de acobertarem cobrança de comissões em contas ligadas à Clearstream.

Nunca eleito para um cargo público, Villepin foi chefe de gabinete em meados dos anos 1990, na presidência de Chirac, que o nomeou primeiro-ministro em 2005, depois de ele ter ocupado também os cargos de ministro do Interior e das Relações Exteriores.

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