O ex-primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, compareceu nesta sexta-feira (25) a uma corte de Jerusalém. A audiência marcou a primeira ocasião em que um ex-líder israelense enfrenta um julgamento. O início do processo é o capítulo mais recente na epopeia jurídica que debilitou a liderança de Olmert, minou a confiança pública em seu governo e forçou sua queda.
O ex-primeiro-ministro, de 63 anos, deixou a política quando seu adversário, Benjamin Netanyahu, converteu-se, em março, em primeiro-ministro. Desde então, Olmert se mantém afastado da vida pública. Ele ingressou na sala de justiça afirmando que é "inocente de qualquer delito" e acreditando que a corte estará de acordo.
Olmert é acusado de aceitar ilegalmente dinheiro de um empresário norte-americano e de cobrar em dobro grupos judaicos por viagens ao exterior, entre outras irregularidades. As acusações, que vieram à tona quando o político já era primeiro-ministro, referem-se ao período em que ele foi prefeito de Jerusalém e ministro do gabinete
'Homem inocente'
No cargo de primeiro-ministro desde 2006, Olmert renunciou em meio aos escândalos. "Vim aqui como um homem inocente de qualquer delito. Acredito que sairei daqui como um homem inocente de qualquer delito", afirmou Olmert a repórteres na corte.
As acusações incluem fraude e abuso de confiança. O Ministério da Justiça de Israel não informou quais sanções podem ser impostas, mas, somente por fraude, ele pode pegar até cinco anos de prisão. O empresário dos Estados Unidos Morris Talansky reconheceu que entregou a Olmert centenas de milhares de dólares. O depoimento do aliado ajudou Olmert a perder apoio e ser forçado a renunciar.
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