O ex-presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide voltou ao país hoje, encerrando um período de sete anos de exílio. Há o temor de que o retorno do político possa atrapalhar as importantes eleições presidenciais marcadas para este domingo na nação caribenha.
Um avião privado levando Aristide, primeiro presidente democraticamente eleito do Haiti, pousou em Porto Príncipe às 9h05 (horário local), segundo um jornalista da France Presse no aeroporto. O ex-líder estava vivendo exilado na África do Sul.
Aristide ainda é bastante popular nos bolsões de pobreza do Haiti. Seu retorno ocorre dois dias antes do segundo turno presidencial, votação que pode oferecer alguma estabilidade a um país envolvido em turbulências políticas e que tenta se recuperar de um devastador terremoto ocorrido em 2010.
O padre que trabalhava em favelas chegou ao poder, em 1991, se opondo ao clã Duvalier, que governava o país ditatorialmente. Após tomar medidas consideradas uma afronta pelos mais ricos, Aristide foi deposto em um golpe militar sete meses depois. Mas acabou voltando ao poder em 1994, com a ajuda de 20 mil soldados norte-americanos enviados pelo então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton.
Aristide obteve um segundo mandato, em 2001, mas perdeu o apoio internacional após realizar algumas reformas. Foi forçado a deixar o poder novamente em 2004, em meio a uma rebelião popular. É largamente admitido que os EUA aprovaram tacitamente essa rebelião.
Funcionários norte-americanos advertiram que o fato de o líder voltar ao país mais pobre do hemisfério pode aumentar as incertezas. O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que a volta nessa data pode ser "desestabilizadora".
No domingo, enfrentam-se no segundo turno eleitoral a ex-primeira-dama Mirlande Manigat e o popular cantor Michel Martelly. No primeiro turno houve vários casos de violência e fraudes.
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