O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter (1977-1981) pediu nesta quarta-feira (10) ao Líbano e a Israel que trabalhem para a paz, ao dizer que o envio da força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) para a fronteira entre os dois países ajudou a criar um senso de segurança na região.

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Carter falou durante visita ao quartel-general da força da ONU no Líbano- conhecida como Unifil -na cidade libanesa de Naqoura, na fronteira com Israel. Ele também encontrou-se com o chefe da força da ONU, o major general Claudio Graziano, e tomou um helicóptero para fazer um tour na região.

A Unifil tem 13 mil soldados e foi enviada à região após a guerra entre Israel e o grupo xiita Hezbollah, no final do verão (boreal) de 2006. A guerra durou 34 dias e deixou mais de 1,2 mil pessoas mortas no Líbano, na maioria civis, e 159 mortos em Israel.

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"A presença da Unifil criou um janela de oportunidades para esforços políticos e diplomáticos para um cessar-fogo permanente e uma solução de longo prazo para o conflito", disse Carter em um comunicado publicado pela Unifil.

"Eu peço de maneira forte aos dois lados que apanhem essa oportunidade para trabalhar em direção à paz", disse Carter.

Eleições

Carter faz uma visita de cinco dias ao Líbano para verificar se é possível que sua entidade, o Carter Center, baseada em Atlanta, Estado da Geórgia, poderá monitorar as eleições parlamentares libanesas no próximo ano. A visita começou terça-feira (9) e Carter também irá à Síria no final desta semana, onde se encontrará com o presidente sírio Bashar al-Assad.

O ministro do Interior do Líbano, Ziad Baroud, disse que Carter ainda não pediu ao governo libanês para monitorar as eleições, que deverão ocorrer em maio ou junho e serão muito disputadas entre partidos apoiados pelo Ocidente, contrários à Síria, e a coalizão liderada pelo Hezbollah, que tem apoio da Síria e do Irã. O Parlamento tem 128 cadeiras.

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Mais cedo nesta quarta-feira, Carter teve uma reunião com o presidente do Líbano, Michel Suleiman, e disse esperar que o país tenha uma eleição pacífica em 2009.

Ainda não está claro se Carter se encontrará com lideranças do Hezbollah e o grupo xiita não informou nada a respeito. Carter disse nesta terça que está pronto para se encontrar com lideranças do Hezbollah, se o grupo assim o desejar.