Kim Young-sam, ex-presidente da Coreia do Sul, morreu aos 87 anos na tarde deste sábado (21) no horário de Brasília. O chefe do Hospital Universitário Nacional, Oh Byung-Hee, onde Kim morreu, disse que ele sofria de uma infecção sanguínea e de insuficiência cardíaca. Kim teve um papel fundamental durante a transição pacífica para a democracia na Coreia do Sul, no começo dos anos 1990.
Por sua atuação como opositor dos militares, ele teve seus direitos políticos cassados e foi colocado em prisão domiciliar entre 1980 e 1983. Sua libertação ocorreu após uma greve de fome de 23 dias.
Eleito presidente em 1992, conduziu o país entre 1993 e 1998, período de grande crescimento econômico da Coreia do Sul.
Kim foi contrário à um plano dos Estados Unidos de atacar um complexo nuclear na Coreia do Norte em 1994, durante o governo de Bill Clinton, por temer a possibilidade de uma guerra. O ataque nunca foi realizado.
Alguns anos depois, em 1998, o líder teve sua imagem abalada ao negociar um empréstimo de US$ 58 bilhões do FMI durante a crise que atingiu os países asiáticos no final dos anos 1990. Ele não disputou a reeleição pois a prática não é permitida no país.