A Justiça das Filipinas condenou nesta quarta-feira o ex-presidente Joseph Estrada à prisão perpétua por corrupção. O julgamento começou depois de Estrada ter sido deposto em uma revolta popular há seis anos. O ex-dirigente era acusado de saquear os cofres públicos. Até o fim do processo ele se declarou inocente.
Concluída a audiência desta quarta, que durou apenas 10 minutos, o ex-presidente Estrada se retirou cabisbaixo. Foi até uma sala do sexto andar do edifício do tribunal e então começou a chorar, disse o congressista Rufus Rodríguez à rede de televisão filipina GMA.
Tribunal bloqueia US$ 87 milhões das contas do ex-presidente
O Tribunal Anticorrupção das Filipinas mandou nesta quarta-feira bloquear US$ 87 milhões das contas bancárias do presidente deposto Joseph Estrada.
O dinheiro, acumulado com a aceitação de subornos, a apropriação ilícita de fundos dos impostos sobre o fumo e comissões recebidas para favorecer várias operações das bolsas de valores, passará a ser propriedade do Estado, segundo o tribunal.
Estrada foi o 13º presidente do país, e muitos filipinos acreditam que o número foi responsável pelo seu azar. Ele chamou de decisão política a sentença emitida após seis anos de julgamento.
Os seguidores de Estrada, ainda abundantes entre os mais pobres, afirmam que o ex-presidente foi afastado do poder em 2002 em um golpe de Estado tramado pela elite empresarial, pela influente Igreja Católica e pelos militares.