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O ex-presidente israelense Moshe Katsav (2000-2007) será acusado formalmente de estupro e outros crimes sexuais contra ex-funcionárias, informou ontem o Ministério da Justiça de Israel.

"A promotoria concluiu que há provas suficientes para uma condenação’’, dizia comunicado. As acusadoras são quatro mulheres que trabalharam para Katsav durante sua Presidência e os anos em que foi ministro do Turismo, na década de 1990.

O caso havia forçado Katsav, 63, a deixar a Presidência em junho de 2007 (foi substituído por Shimon Peres). Ele nega as acusações e diz ser alvo de chantagem.

Depois, Katsav e a Promotoria israelense fizeram um acordo para evitar um processo legal e o risco de ser condenado a 20 anos de cadeia. O ex-presidente aceitou pagar uma compensação a duas das quatro acusadoras em troca de que se retirassem as acusações de estupro.

Passou, assim, a ser acusado apenas de atos de menor gravidade, como assédio sexual e obstrução da Justiça. Mas, em abril de 2008, ele decidiu rejeitar o acordo, dizendo que lutaria para provar sua inocência.

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