O ex-presidente argentino Néstor Kirchner, 59 anos, marido e antecessor da atual presidente, Cristina Kirchner, foi submetido a uma operação de urgência, na noite de ontem, em Buenos Aires.
De acordo com a agência oficial de notícias Télam, Kirchner apresentou "pela manhã, uma patologia de sua artéria carótida direita, que exigiu intervenção cirúrgica.Segundo informações extraoficiais, a operação terminou às 20h20 de ontem (horário local), durando menos de duas horas, e teve êxito em remover a placa que obstruía a carótida do ex-presidente.
Durante sua Presidência (2003-2007), Kirchner precisou ser operado às pressas em Río Gallegos, no sul do país, quando sofreu, em 2004, uma hemorragia, decorrente de gastroenterite.
Desde então, o presidente teria adotado uma dieta frugal, eliminado o consumo de álcool e deixado de fumar. No entanto, comentários recentes da presidente sobre um churrasco de carne de porco que o casal consumiu neste mês indicaram que o presidente poderia ter retomado seus hábitos anteriores à operação de 2004.
Na última semana, Kirchner enfrentou uma acusação judicial e uma saraivada de críticas, após a revelação da informação de que, ele comprou US$ 2 milhões, em outubro de 2008, no contexto da crise financeira mundial e da privatização dos fundos de pensão promovida por Cristina, que impactou no mercado financeiro.
Ele foi acusado de usufruir de informação privilegiada do governo da mulher. Num e-mail enviado a um radialista simpático ao governo, Kirchner justificou a compra como sendo para adquirir ações de um hotel de luxo no sul do país.
O negócio teria sido efetuado em dólar, o que afasta, segundo o ex-presidente, a possibilidade de "vantagem cambial.