O ex-presidente do Peru Alejandro Toledo (2001-2006) foi condenado nesta segunda-feira (21) a 20 anos e seis meses de prisão pelos crimes de conluio agravado e lavagem de dinheiro no caso Odebrecht.
Segundo informações do jornal El Comércio, a sentença foi proferida pelo Segundo Juizado Colegiado da Corte Superior Nacional de Justiça Penal Especializada, presidida pela juíza Zaida Pérez.
Toledo, de 78 anos, havia sido acusado pelo Ministério Público de ter favorecido a empreiteira brasileira Odebrecht na concessão das obras dos trechos 2 e 3 da Rodovia Interoceânica Sul, em troca de uma propina de US$ 35 milhões.
“É uma sentença histórica”, declarou o promotor José Domingo Pérez nesta segunda-feira. “É uma mensagem de que não deve haver impunidade em nosso país, que os crimes, a corrupção, são punidos”, acrescentou. Roberto Su, advogado do ex-presidente, disse que irá recorrer da sentença.
Toledo havia sido preso nos Estados Unidos em julho de 2019. Ele foi liberado sob fiança em 2020, mas foi extraditado em abril do ano passado para o Peru.
Alejandro Toledo foi levado para a prisão de Barbadillo, em Lima, onde também estavam detidos outros dois ex-presidentes do Peru, Alberto Fujimori (1990-2000), condenado por ordenar buscas e apreensões ilegais, violações de direitos humanos, apropriação indébita e por receber suborno, e Pedro Castillo (2021-2022), preso por tentar um golpe de Estado.
Fujimori morreu em setembro, depois de ter sido colocado em liberdade em dezembro de 2023.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião