QUITO - O ex-presidente do Equador, Lucio Gutierrez, detido ao voltar ao país na sexta-feira, exortou seus simpatizantes a continuar apoiando-o nas ruas para recuperar a presidência "através da vontade popular, da verdade e da Constituição".
Ele foi deposto no último dia 20 de abril pelo Congresso, sob alegação de "abandono de cargo" quando estava no palácio cumprindo suas funções. O Legislativo apontou seu sucessor, Alfredo Palácios, que Gutiérrez se recusou a reconhecer, sendo acusado de "atentar contra a segurança do estado".
Ele deixou o país, mas recusou asilo político concedido pelo Brasil e pela Colômbia. Voltou ao país na sexta-feira e foi preso na chegada. O advogado de Gutierrez, Fernando Larrea, disse à agência Efe que o presidente ''está incomunicável numa masmorra da Penitenciária Garcia Moreno" em condições "aviltantes",uma cela com uma cama de concreto num pavilhão onde há um único chuveiro para mais de 50 detentos.
Na segunda-feira ele vai pedir a revogação da prisão preventiva contra Gutierrez, alegando que não há fundamentos legais para acusá-lo de coisa alguma.