Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Legado

Ex-presidente recuperou a economia

Mulher chora em frente da Casa Rosada, o palácio presidencial, em Buenos Aires: ex-presidente Néstor Kirchner tinha grande apoio popular | Martin Acosta/Reuters
Mulher chora em frente da Casa Rosada, o palácio presidencial, em Buenos Aires: ex-presidente Néstor Kirchner tinha grande apoio popular (Foto: Martin Acosta/Reuters)

Néstor Kirchner foi eleito presidente da Argentina em 2003, embora muitos argentinos te­­nham ouvido seu nome pela primeira vez a apenas poucas semanas das eleições que o levaram à Casa Rosada. Seus quatro anos de governo foram marcados por mudanças políticas e sociais no país, como a renovação da Su­­pre­­ma Corte e o estreitamento de la­­ços com o Brasil e os demais países da América Latina. Mas o principal feito do líder peronista foi a recuperação econômica argentina.

Kirchner sucedeu Eduardo Duhalde na Presidência. O país enfrentava as consequências da crise econômica iniciada em 2001, decorrente do calote da dívida argentina e das sucessivas alterações no comando do país. O novo presidente manteve o ministro da Economia de seu antecessor, Roberto Lavagna, e também sua política econômica, priorizando a desvalorização da moeda com a compra de divisas pelo Banco Central e a elevação das exportações. O resultado foi um crescimento econômico com taxas próximas a 10% do Produto Interno Bruto (PIB).

Dívidas

A relação do governo de Néstor Kirchner com o Fundo Monetário Internacional foi conflituosa, embora ele tenha decidido antecipar o pagamento da totalidade da dívida com o organismo internacional (mais de US$ 10 bilhões). Assim, apesar das declarações públicas, o governo de Kirchner foi o que mais pagou dívidas ao FMI em toda a história argentina.

Embora seus críticos argumentem que o relativo sucesso econômico do país foi fruto mais do cenário internacional favorável e da base de comparação ruim dos anos anteriores do que dos méritos do governo, a Argentina obteve níveis de crescimento elevado a partir de 2003. Para seus opositores, a recuperação econômica não poderia se manter não fosse a queda do poder de compra do salário mínimo.

Mas nem tudo foi sucesso na gestão do peronista. Durante seu governo, o Clarín e o La Nación, principais jornais do país, foram acusados de perseguir e de promover campanhas contra o go­­verno. "Não posso falar pelo jornal, mas o clima geral no país é de imenso pesar", diz Walter Curia, jornalista do Clarín, ao preferir não comentar o embate de Kirch­­ner com a imprensa.

Néstor Kirchner também com­­prou briga com produtores rurais e parte do empresariado, mas conseguiu eleger sua esposa, Cris­­tina, para o comando do país em 2007.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.