Em um relato dramático sobre a vida nas mãos do grupo radical islâmico Boko Haram, ex-reféns afirmaram que algumas de suas companheiras foram apedrejadas até a morte por extremistas enquanto o Exército da Nigéria se aproximava para tentar resgatá-las. Na última semana, as forças nigerianas libertaram mais de 700 pessoas.

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Sem precisar o número de mortes, as mulheres contaram ainda que alguns reféns foram mortos acidentalmente pelos militares durante a operação. De acordo com a sobrevivente Asama Umoru, os soldados não teriam percebido que se tratava de reféns e algumas mulheres e crianças foram atropeladas por caminhões.

Exército contra civis

O Exército nigeriano matou civis e destruiu casas para vingar a morte de seis soldados, relataram moradores do estado de Plateau, no centro do país. Segundo o líder comunitário Jessie Miri, 80 foram pessoas foram mortas no distrito de Wase no fim de semana.

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Segundo as ex-prisioneiras, antes de capturarem mulheres e crianças, os militantes mataram homens e meninos mais velhos na frente de suas famílias.

Algumas foram obrigadas a se casar com extremistas. Lami Musa, de 27 anos, conseguiu escapar de uma união forçada após os extremistas descobrirem que ela estava grávida. “Quando eles perceberam que eu estava grávida, disseram que eu estava impregnada por um infiel (seu marido) e o mataram”, contou.

Outras sobreviventes disseram que os militantes nunca as deixavam longe de suas vistas. “Eles não nos permitiam mover centímetros”, disse Asabe Umaru. Além disso, as mulheres tinham direito a apenas uma refeição por dia.