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O ex-CEO da corretora de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried, foi declarado culpado nesta quinta-feira (2) por um júri de Nova York em sete acusações de fraude e lavagem de dinheiro.
O júri composto por 12 membros emitiu seu veredicto depois de um julgamento de quase um mês no qual o Ministério Público federal dos Estados Unidos classificou o réu, de 31 anos, como um fraudador que roubou dinheiro de milhares de vítimas.
Bankman-Fried agora pode receber uma sentença máxima (que será anunciada em março) de mais de cem anos de prisão por esses sete crimes.
A FTX e suas afiliadas entraram com pedido de falência no estado americano de Delaware em novembro do ano passado, deixando cerca de 1 milhão de clientes e outros investidores enfrentando perdas totais na casa dos bilhões de dólares.
Bankman-Fried alegou que ocorreram falhas de gerenciamento de risco, mas negou que tenha ocorrido fraude.
O réu foi testemunha durante os três últimos dias das audiências e tentou se desassociar das más decisões tomadas na FTX e em sua empresa irmã, a Alameda Research, responsabilizar seus antigos aliados - que estão cooperando com a acusação - e reiterar que não tinha más intenções.
A subprocuradora Danielle Sassoon interrogou Bankman-Fried e apontou contradições entre suas declarações públicas e privadas e extraiu a confissão, por exemplo, de que a FTX concedeu uma linha de crédito ampla e privilegiada à Alameda e usou recursos dos clientes para “jogar”, como ele alegou nos argumentos finais.
Bankman-Fried foi acusado de desviar quase US$ 9 bilhões de clientes da FTX para outros fins e terá pela frente outro julgamento semelhante em março, sobre um caso no qual é acusado de fraude pela SEC, a agência reguladora do mercado de capitais americano. (Com Agência EFE)