Um novo grupo de oposição da Síria apoiado pelo ex-vice-presidente de Bashar al-Assad, Abdul-Halim Khaddam, informou nesta segunda-feira (7) que queria unificar as várias vertentes de oposição e usar "todos os meios" necessários para derrubar o líder sírio. O Comitê Nacional de Apoio à Revolução Síria foi revelado em Paris nesta segunda-feira com 65 membros fundadores, incluindo advogados, empresários e médicos, bem como Khaddam, que serviu Assad e seu pai, Hafez al-Assad, por quase 30 anos. O grupo, que ainda tem de fazer contato com outros grupos de oposição, como o Conselho Nacional Sírio (CNS), disse que tinha ficado frustrado com a incapacidade dos vários grupos de oposição de se unir e citou a falta de uma figura emblemática como principal obstáculo para animar os sírios. "Este comitê não está competindo com ninguém", disse Khaddam, que fugiu para Paris em 2005. "Nós não queremos desacreditar o CNS ou seus membros e respeitamos todos que estão trabalhando para acabar com os massacres, mas por enquanto a oposição não está unida, e apesar de todas essas iniciativas não temos uma mensagem clara - para derrubar o regime".
Khaddam tentou há quatro anos estabelecer um governo em exílio, mas se desentendeu com outros grupos de oposição. Ele enfrenta ampla desconfiança entre os dissidentes da Síria, que lembram de seu tempo no governo. "Vamos apoiar a oposição usando todos os meios dentro ou fora do país", disse ele. Tropas leais a Assad se mudaram para um bairro residencial de Homs, terceira maior cidade da Síria, depois de seis dias de bombardeios com tanques que mataram dezenas de pessoas e feriram centenas na cidade em que continua a ofensiva militar para reprimir os protestos e a insurgência emergente.
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