O ex-vice-presidente de Saddam Hussein, Taha Yassin Ramadan, será enforcado por crimes contra a humanidade nesta terça-feira, segundo fontes da área jurídica que disseram que os advogados de Ramadan foram reunidos nesta segunda-feira no local em que ele estava preso.

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Badia Aref, um advogado que representa o ex-vice-primeiro-ministro Tareq Aziz, que também enfrenta acusações de crimes contra a humanidade, disse à Reuters que a família de Ramadan havia telefonado a ele para pedir um apelo ao presidente e tentar barrar a execução.

Outra fonte jurídica disse que a execução foi estabelecida para terça-feira de madrugada e que a família estava fazendo um apelo de última hora ao presidente Jalal Talabani para que a execução fosse cancelada.

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"A execução não é legal nem correta", disse Aref, acrescentando que deveria haver um período de 30 dias entre a sentença final e a aplicação da sentença. Na semana passada, uma corte iraquiana de apelações acatou uma decisão da Suprema Corte para enforcar Ramadan e um juiz disse que a pena poderia ser aplicada "a qualquer momento". Ramadan foi sentenciado em novembro à prisão perpétua por seu papel no massacre de 148 xiitas na cidade de Dujail nos anos 1980, pelo qual Saddam e dois outros de seus aliados já foram enforcados.

Mas uma corte de apelações recomendou que ele recebesse a pena de morte e enviou seu caso de volta a julgamento. Embora o presidente iraquiano tenha o poder de cancelar execuções, a promotoria e o governo disseram que não há poder de veto à decisão do Supremo Tribunal iraquiano quanto a crimes contra a humanidade.