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Executivo de empresa ligada a Trump é flagrado oferecendo táticas de manipulação na internet

O CEO da Cambridge Analytica, Alexander Nix, aparece no vídeo descrevendo táticas de manipulação | HO/AFP
O CEO da Cambridge Analytica, Alexander Nix, aparece no vídeo descrevendo táticas de manipulação (Foto: HO/AFP)

O Canal 4, do Reino Unido, divulgou um vídeo (assista) até então secreto que mostra executivos da Cambridge Analytica, ligada à campanha eleitoral do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se gabando de terem influenciado eleições na África e na Europa através de táticas como propinas falsas e sedução.

O CEO da Cambridge Analytica, Alexander Nix, aparece no vídeo descrevendo táticas de manipulação em que usa pessoas disfarçadas de “ricos mecenas” que oferecem propinas falsas no intuito de flagrar candidatos eleitorais sendo subornados.

“As pessoas disfarçadas oferecem uma grande quantia de dinheiro para financiar a campanha do candidato em troca de terras, por exemplo. Teremos tudo gravado, aí censuramos o rosto do nosso parceiro e publicamos na internet”, diz Nix, no momento em que explica a um repórter disfarçado como funcionam os serviços ocultos da empresa.

O Canal 4 diz que a pessoa o repórter estava disfarçado de um homem rico do Sri Lanka interessado nos serviços da Cambridge Analytica.

Em outro trecho do vídeo, Nix ainda afirma que a empresa contrata garotas para circularem perto da casa dos candidatos em questão, também com o objetivo de gravar vídeos comprometedores.

A conta da Cambridge Analytica foi bloqueada do Facebook na sexta-feira, após supostamente terem roubado dados de 50 milhões de usuários, numa campanha de manipulação pró-Trump.

O escândalo resultou numa forte queda das ações do Facebook, que despencaram 6,77% em Nova York, e puxaram para baixo os índices em Wall Street. De acordo com o The New York Times, o chefe de segurança de informações do Facebook será desligado da companhia em agosto, por causa de um desacordo interno sobre a política que a empresa deve adotar contra a proliferação de notícias falsas.

O escândalo ainda fez com que autoridades da União Europeia alertassem que o uso de dados de usuários do Facebook seria investigado, de acordo com a Dow Jones.

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